3 de dez. de 2011

Dança dos sete veus



DANÇA DOS SETE VÉUS
Leila, eis que saio sábado à tarde para ler na grama do parque, com um livrinho de Schopenhauer debaixo do braço (A arte de escrever) e deparo-me com uma placa pequena indicando um curso de yoga. Entrei. Peguei todos os prospectos: de dança de salão, afro, cigana, indiana e flamenca, pilates, RPG, alguma coisa me salvaria. Já ia saindo agradecida quando adentra o recinto uma moça ruiva e alta, de saia rodada e longos cachos de cabelos. É a professora de dança dos sete véus. Um workshop começa em quinze minutos. Pronto. Estou inscrita, louca pra rebolar a tarde inteira. Surpresa! Fiquei de duas da tarde às sete e meia da noite sentada ouvindo uma palestra sobre como excitar e imobilizar o parceiro, que perfume usar e onde, vendo imagens de pênis eretos e desenhos do órgão genital feminino entre tantas senhoras, mocinhas e meninas, todas interessadíssimas. Não vou dizer que não gostei. Me deliciei. Aprendi coisas. Aprendi, dançando, a enrolar-me em sete véus, deixando só os olhinhos de fora. Provavelmente um dia vou aprender a me desenrolar.


Este é o passo-a-passo:Primeiro passo: Você desabotoa a camisa dele com uma mão só, apertando as casinhas dos botões na horizontal








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